- O Japão -



Aqui é a parte do blog onde você pode encontrar detalhadamente sobre o Japão. Política, música, cultura, esportes e absolutamente tudo. Sua fonte de pesquisa, saiba tudo sobre o Japão, os conteúdos aparecem em resumos básicos e com linguagem de fácil entendimento. Confira:

Você sabe quem são as Gueixas?

        - Gueixas ("pessoa de artes") são mulheres japonesas que estudam a tradição milenar da arte da sedução, dança e canto. A palavra geiko é usada em Kyoto para descrever as gueixas. Gueixas eram muito comuns no século 18 e 19, e existem atualmente em menor número. Em português a grafia é Gueixa, em japonês a palavra é "Geisha" com a mesma pronúncia. Ela passa anos aprendendo a tocar diversos instrumentos musicais, dançar e ser a anfitriã perfeita e confidente de seus hóspedes.

         A maquiagem, o cabelo, o vestuário e os modos de uma gueixa são calculados para satisfazer a fantasia masculina da perfeição feminina: elas fazem com que os homens se sintam atraentes e importantes. E eles pagam muito caro para ter uma gueixa atendendo a todos os seus caprichos.

         Muitos ocidentais confundem gueixas com prostitutas de luxo. Quem entende a complexidade da cultura japonesa explica que uma gueixa não é uma prostituta. Uma verdadeira gueixa é bem sucedida porque reflete a idéia de uma perfeição inatingível. Quando os homens contratam gueixas para animar uma festa, o assunto sexo normalmente não está relacionado. A gueixa entretém por intermédio de canto, música, dança, relato de histórias, atenção e flerte. Ela pode conversar sobre política com a mesma desenvoltura com que explica as regras de um jogo. Em uma época em que as esposas japonesas eram excluídas da vida pública, as gueixas eram as mulheres que podiam exercer o papel de anfitriã em uma reunião de negócios. As gueixas são privilégios da elite da nobreza as chances de um japonês pobre conseguir ver uma gueixa na rua são mínimas.

O Trabalho de Uma Gueixa

        Uma gueixa tem o poder de decidir se quer ter relações sexuais com um cliente com quem tem um relacionamento mais íntimo. Isso, entretanto, não é parte do trabalho e tampouco algo de uma noite apenas. A relação entre uma gueixa e o danna (benfeitor) é de longo prazo: a cerimônia de união entre os dois é semelhante à cerimônia de casamento japonesa. Quando decidem terminar a relação, eles se submetem a uma outra cerimônia a fim de estabelecer o "divórcio".

            Tatuagem.com.br

Conheça Tikara : O Mascote do Nosso Projeto


     Em reunião realizada nos Estúdios Mauricio de Sousa definiu o nome do mascote do Centenário da Imigração Japonesa no Brasil. A reunião teve presença de representantes da Associação para Comemoração do Centenário da Imigração Japonesa no Brasil e da diretoria da Mauricio de Sousa Produções – MSP.

    “Procuramos evitar nomes próprios, e escolher uma palavra japonesa com significado forte e silabas marcantes, para caracterizar o personagem”, explica o desenhista Mauricio de Sousa.

    O nome escolhido por votação foi “TIKARA”, que significa força, vigor e energia, representando a força que os imigrantes japoneses reuniram na jornada para chegar ao Brasil, país de cultura e costumes totalmente diferentes, estabelecendo-se com sucesso.

   “Não poderia haver uma escolha de nome mais adequado para nosso mascote do que a palavra TIKARA, que significa força em japonês. O significado é vibrante, e temos certeza de que o mascote será bem recebido pela população”, declara o presidente do Comitê Executivo da ACCIJB, Osamu Matsuo.

Apresentação em Brasília

    A apresentação do mascote do Centenário da Imigração Japonesa no Brasil, criada pelo desenhista Mauricio de Sousa, aconteceu durante cerimônia ao lado do presidente Luis Inácio Lula da Silva, na abertura oficial do Ano do Intercâmbio Brasil-Japão, no dia 17 de janeiro de 2008 em Brasília.

   Sob aplausos das autoridades e convidados, que lotaram o salão do Palácio do Itamaraty, Mauricio explicou que o personagem foi criado em conjunto com sua esposa Alice Takeda, refletindo a sabedoria nipônica misturada à ginga brasileira. A inspiração foi o filho do casal.

   “Será muito bom conviver com esse novo personagem, que vai levar os costumes, os hábitos e a ética da cultura japonesa para as historinhas da Turma da Mônica. Esse mascote é a cara do Brasil nipônico, uma integração que acontece em todo o Brasil, em todo o Japão, e lá em casa também!", ressalta, bem humorado.

   O personagem atuará como uma lembrança poética, viva, alegre e carinhosa do Centenário da Imigração Japonesa no Brasil, com mensagens de paz dirigidas às crianças e aos adultos de todo o mundo, de acordo com a Associação para Comemoração do Centenário da Imigração Japonesa no Brasil.

Reproduzido de material enviado por
Erika Yamauti, Alyne Kumasaka e Tamires Ales
Assessoria de Imprensa
Associação para Comemoração do Centenário da Imigração Japonesa no Brasil
http://www.centenario2008.org.br/

Conheça Keika, a parceira do mascote do centenário da imigração japonesa

da Folha Online (Adaptado)

    A personagem Keika, nova mascote das comemorações do centenário da imigração japonesa no Brasil faz companhia a Tikara, o primeiro mascote do evento. Ambos foram criados pelo desenhista Maurício de Sousa, "pai" da Turma da Mônica.

    Segundo Sousa, o nome de Keika significa "aquele que acrescenta bravura, pureza, integridade e honestidade". O de Tikara significa "força, coragem".



    Os dois mascotes são usados pela ACCIJB (Associação para Comemoração do Centenário da Imigração Japonesa no Brasil) de São Paulo na divulgação de eventos do centenário que em 1908 o navio Kasato Maru chegou ao porto de Santos (SP) com os primeiros imigrantes japoneses. Sousa espera que Tikara e Keika comecem a aparecer nas histórias da Turma da Mônica. O desenhista é casado com Alice Takeda, descendente de japoneses.

Hatsune Miku : Uma Estrela Fabricada




    Já ouviu este nome: Hatsune Miku? Era só questão de tempo para você conhecer a cantora japonesa. Ela arrasta multidões e seus shows têm ingressos esgotados muito tempo antes. Ou seja, é uma clássica pop star.
   Com uma pequena diferença: ela é uma holografia 3D. Foi desenvolvida pela empresa Crypton Media, que usou o programa Vocaloid da Yamaha para criar a voz. Mas a banda é de verdade. E a histeria dos fãs também.

         

    Hatsune Miku nasceu como personagem de um game. O sucesso foi tão grande que ela agora se apresenta “de verdade”. Os vídeos fazem parte de um DVD que acaba de sair no Japão: “39′s Giving Day Project DIVA presents Hatsune Miku”.

       

Seus vídeos ganharam até matéria especial no fantástico, programa jornalístico da Rede Globo. Até que ponto a tecnologia japonesa vai ? ...

Via Singularity Hub,
Portal Japonique
J-Pop: A música POP Japonesa

Koda Kumi, uma das representantes da J-POP!

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

     J-pop, Japanese Pop ou Pop Japonês ou ainda música japonesa é um gênero musical japonês. Na verdade, nada mais é do que o estilo musical conhecido como Pop. Mais especificamente no Japão, esse termo é usado para um tipo de música voltado principalmente para o público jovem. Anteriormente era chamado apenas de Pop, o termo J-pop foi cunhado no fim dos anos 90 com a popularização da internet.

     Uma de suas peculiaridades está nos instrumentos musicais utilizados, pois utiliza instrumentos modernos, como bateria e guitarra, diferentemente do estilo Enka, em que são usados instrumentos tradicionais japoneses (ou mesmo ocidentais).

    Outra peculiaridade é o uso de uma linguagem mais comum, diferente da usada no estilo Enka, mais formal. O Pop japonês sempre procurou acompanhar as transformações no mundo musical à sua maneira, como Yujiro Ishihara e Yuzo Kayama explorando a veia romântica de Presley e The Tigers que, junto com outras bandas da chamada época dos "Group Sounds", exploravam o estilo inicial dos Beatles. Até mesmo na Er Disco, o Pop japonês tinha um represetante: a dupla Pink Lady.

Confira abaixo um videoclip da cantora Koda Kumi:



Cosplay: Saiba tudo sobre esse costume popular no Japão


Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
- Adaptado-
    Cosplay (em japonês: コスプレ, Kosupure) é abreviação de costume play ou ainda costume roleplay (ambos do inglês) que podem traduzir-se por "representação de personagem a caráter", e tem sido utilizado no original, como neologismo, conquanto ainda não convalidado no léxico português, embora já conste doutras bases, para referir-se a atividade lúdica praticada principalmente (porém não exclusivamente) por jovens e que consiste em disfarçar-se ou fantasiar-se de algum personagem real ou ficcional, concreto ou abstrato, como, por exemplo, animes, mangás, comics, videojogos ou ainda de grupos musicais — acompanhado da tentativa de interpretá-los na medida do possível. Os participantes (ou jogadores) dessa atividade chamam-se, por isso, cosplayers.

História

    O cosplay NÃO foi criado no Japão. O primeiro cosplay conhecido foi criado por Forrest J. Ackerman em 1939 durante a primeira Worldcon, na companhia de Myrtle R. Douglas. Os primeiros cosplays de mangá/anime registrados são posteriores aos anos 70, nos EUA. O fenômeno do cosplay chegou ao Japão na década de 80 pro meio de Nobuyuki Takahashi, que ficou surpreso com o costume ao visitar um Wordcon, que começou a incentivar a pratica no Japão pelas revistas de Ficção Científica. Tornou-se comum no Japão durante as Comic Markets do Japão (criadas em 1975), que se celebram em Odaiba (Tóquio), lugares de compra e venda de Dōjinshi. Esse evento prosseguiu desde então e se realiza regularmente. Lá, grupos de japoneses vestiam-se de seus personagens favoritos de mangás, animes, comics e videojogos. Assim pois, tal prática sempre tem sido muito relacionada com aqueles produtos. Contudo, com o passar do tempo, foi-se estendendo a outros domínios, em conceitos e culturas, ganhando foro internacional. Com a popularização do anime nos anos 90, o cosplay japones tornou-se popular no mundo todo, tratando-se de caracterizações de personagens existentes, enquanto que os primeiros cosplays (estadunidenses) estendiam-se principalmente à criação de personagens, não somente se prendendo aos pré existentes.
Caracterização
     A palavra cosplay, como já foi dito, é uma espécie de abreviação para "costume play" (costume = roupa / traje / fantasia e play = atuar). Ou seja, o cosplayer se caracteriza como um personagem de algum livro, mangá, jogo ou filme que queira homenagear; representa a personalidade deste; e em alguns eventos pode até mesmo competir com outros cosplayers em concursos, embora o grande barato e diversão sejam a exposição e o contato social gerado dentro do ambiente. Um dos principais objetivos desse passatempo é fazer amigos.

Cosplay no Brasil

     Em convenções de jornada nas estrelas e RPG no final da década de 1980 já se encontravam fãs fantasiados de seus personagens favoritos. Todavia, tal caracterização não era ainda conhecida como cosplay, pois o termo, na época, ainda começava a se difundir no Japão. Demais, o ato de se fantasiar não era visto como um passatempo por seus praticantes, manifestando-se nas convenções apenas como um elemento de expressão dos fãs. No final da década de 1990, com a popularidade do anime Cavaleiros do Zodíaco, surgiram as primeiras convenções de anime e mangá no país, fazendo assim essa atividade ressurgir, então com nome e características próprias, e os concursos. No início, as caracterizações eram quase em sua totalidade de personagens de animação, quadrinhos ou jogos japoneses, mas ao longo dos anos outras mídias foram incorporadas pelos fãs, como quadrinhos americanos, filmes ou livros, como por exemplo, Harry Potter ou Piratas do Caribe.

        Os sites "Arquivo Cosplay Brasil" e "Cosplay Party Br" foram alguns dos pioneiros a tratar do assunto no Brasil. Em 2002 ambos se uniram, formando o Cosplay Brasil, que reúne a maior comunidade brasileira de praticantes e simpatizantes do cosplay.

      Anime Friends, organizado pela Yamato Comunicações e Eventos, é o maior concurso de cosplay do Brasil. Em 2007, mais de 1.200 concorrentes inscreveram-se em seis categorias. Anime Dreams, o segundo maior, com mais de 800 inscritos num só evento em 2007.

    A Yamato organiza ainda o Circuito Cosplay, a mais tradicional competição de cosplay do país, que está atualmente em sua quinta edição. Em 2005, a vencedora foi Petra Leão; em 2006, Thaís Jussim; em 2007, Andressa Miyazaki; em 2008, Lucyana Reimão; em 2009, Kátia Costa; e em 2010 Marcos Teixeira.

     A Editora JBC organiza o WCS Brasil que reúne 15 duplas de todo o país para competir para saber qual a melhor do país que vai representar-nos na final mundial que é realizada no Japão. Uma vaga é da dupla vencedora do ano anterior, treze são distribuídas por eventos parceiros e uma sai em uma repescagem. Em 2007, o evento teve média de 4 a 5 duplas inscritas por seletiva. Em 2006, os irmãos Mauricio Somenzari e Mônica Somenzari venceram tanto a etapa brasileira, quanto a japonesa da competição. Em 2007, Marcelo Fernandes e Thaís Jussim venceram no Brasil. Em 2008, Gabriel Niemietz e Jéssica Campos foram campeões na etapa brasileira e venceram também a etapa mundial. Em 2009, a dupla Geraldo Cecílio e Renan Aguiar venceu a etapa brasileira.


Arte nipo-brasileira (1) : Grupo Seibi, Manabu Mabe e Tomie Ohtake



Em Grito, Manabu Mabe mescla a caligrafia japonesa com manchas

    Em 2008, quando se comemora o centenário da imigração japonesa ao Brasil, é fácil os associarmos os imigrantes a imagens de lavradores, operários e comerciantes.

    No entanto, dificilmente nos lembramos dos artistas que deixaram sua terra natal e escolheram o Brasil para produzir sua arte. Ou ainda dos que vieram crianças, com suas famílias, trabalharam nas fazendas e indústrias e, mais tarde, tornaram-se importantes artistas nacionais.
    Assim como o grupo Santa Helena, que reunia artistas imigrantes italianos, os japoneses fundaram, em 1935, o grupo Seibi, com a finalidade de criar um espaço de discussão que promovesse o aprimoramento técnico e a divulgação de suas obras de arte.

    Os membros do Seibi assistiam às aulas de desenho de modelo vivo da Escola Paulista de Belas Artes. Ali, travaram contato com o Grupo Santa Helena, descobrindo que havia afinidade entre suas propostas e idéias. O grupo realizou sua primeira e única exposição dessa fase no Clube Japonês, em 1938.

    Com a entrada do Brasil na 2ª Guerra Mundial, ao lado dos países aliados, as atividades da colônia japonesa no país foram limitadas. Imigrantes italianos, alemães e japoneses eram perseguidos, o que impediu a reunião dos artistas, provocando a dispersão do grupo.

    Em 1947, dois anos depois de a guerra ter chegado ao fim, o Seibi reiniciou suas atividades, criando um ateliê coletivo com a participação de novos artistas. Em 1952, criaram o Salão do Grupo Seibi e, entre 1952 e 1970, realizaram 14 mostras, responsáveis por ampliar o espaço de projeção dos artistas nipo-brasileiros no meio artístico nacional.

O grupo realizou suas atividades até a década de 1970. Dois de seus integrantes se destacaram no cenário artístico nacional:
Manabu Mabe (Kumamoto, 1924 - São Paulo SP, 1997)


    Pintor e gravador, considerado o pioneiro do abstracionismo no Brasil, Manabu Mabe chegou ao Brasil, junto com sua família, em 1934, para trabalhar na lavoura de café, no interior do Estado de São Paulo.

    Durante sua infância, aprendeu a pintar sozinho num ateliê que improvisou no cafezal. O pintor e fotógrafo Teisuke Kumasaka pode ser considerado seu primeiro mestre. Foi ele, na cidade de Lins, que ensinou Manabu Mabe a preparar a tela e diluir as tintas.

   Sua produção inicial dialoga com o cubismo e, gradualmente, vai aderindo à abstração. Em 1955, pinta sua primeira obra abstrata: Vibração-momentânea.

   A obra com que se abre este artigo, Grito, recebeu o Prêmio Leirner de Arte Contemporânea, em 1959. Mabe mescla a caligrafia japonesa com manchas, e é como se conseguíssemos perceber o movimento dos gestos do artista ao realizar a pintura. Por isso, esse estilo também recebe o nome de pintura gestual.

Tomie Ohtake (Kyoto, 1913)



Pintora, gravadora e escultora, veio para o Brasil em 1936 e fixou residência em São Paulo.

    Iniciou suas atividades como pintora no início da década de 1950 e passou a integrar o Grupo Seibi em 1954. Sua produção inicial é figurativa, mas logo passa a optar pelo abstracionismo.

   Segundo palavras da própria artista, a influência da pintura oriental, sobretudo a japonesa, "se verifica na procura da síntese: poucos elementos devem dizer muita coisa". Ela também declara fazer uma pintura silenciosa, como a cidade em que nasceu. Em suas obras, revela um intenso diálogo entre a tradição e a contemporaneidade.

    Como escultora, segue a mesma tendência e propõe intervenções em espaços urbanos, produzindo esculturas de grandes dimensões. Observe:

Ondas (1988)

      Este é um monumento, uma escultura instalada em 1988 na Avenida 23 de Maio, em São Paulo, para comemorar os 80 anos da imigração japonesa. São quatro lâminas de concreto, em forma de ondas, que simbolizam as gerações que se sucederam no Brasil desde o início da imigração.


Por Valéria Peixoto de Alencar, historiadora formada pela USP e cursa o mestrado em Artes no Instituto de Artes da Unesp. É uma das autoras do livro Arte-educação: experiências, questões e possibilidades (Editora Expressão e Arte). UOL Educação

Arte nipo-brasileira (2): Japonismo e modernismo


Japonismo

     Os japoneses, antes mesmo de sua chegada ao Brasil, já influenciavam, de forma indireta, a produção artística do país. Essa história teve início em 1850, quando, por pressão da Inglaterra e dos Estados Unidos, o Japão se viu obrigado a negociar com outros países.

     O Japão havia passado muito tempo, por volta de três séculos, sem contato com os povos ocidentais, ou seja, a cultura japonesa era um verdadeiro mistério para o resto do mundo. Nesse período, durante o qual estiveram isolados, os japoneses criaram estilos únicos de expressão artística. Com temas ligados à tradição militar, à religião, ou às cenas do cotidiano, desenvolveram técnicas peculiares de produção.

    Estabelecida a relação diplomática e de comércio com as grandes nações colonizadoras ocidentais, os produtos japoneses passaram a circular pelo mundo. E, ao chegarem à Europa, causaram verdadeiro fascínio. Todos queriam vestir quimonos, ter espadas, empunhar leques.

    Para proteger produtos tão cobiçados durante as longas viagens por mar, os comerciantes japoneses os embrulhavam em papéis cujas imagens, aos poucos, tornaram-se conhecidas dos artistas da época. Eram gravuras desvalorizadas no Japão, por seu caráter popular, e que acabavam virando material dispensável, sem nenhum valor comercial.

   Artistas como Van Gogh, Gauguin, Matisse, Monet, entre muitos outros, quando tiveram contato com essas gravuras, passaram a estudá-las. Assim, muito do que conhecemos desses pintores foi enriquecido pelo contato com os trabalhos de seus colegas orientais. A essa relação damos o nome de japonismo.

Madame Monet de quimono, 1876


     O japonismo representou a influência de que os artistas da época precisavam para renovar seu pensamento, fugindo das imposições da arte acadêmica. As influências das culturas orientais e africanas foram alguns dos pontos de partida para o modernismo na Europa - que, por sua vez, influenciou os modernistas brasileiros.


A influência direta

     Muitos anos depois, em 1908, os japoneses chegaram ao Brasil. Vieram trabalhar principalmente nas lavouras de café. Pouco a pouco, esses trabalhadores foram trazendo novos hábitos para o nosso país, ao mesmo tempo em que incorporavam a nossa cultura.

    A vinda de artistas japoneses certamente foi uma das mais importantes contribuições à nossa cultura e, mais uma vez, agora de forma direta, eles voltaram a ser fundamentais em nossa arte.

    Em 1930 formou-se um grupo chamado Seibi, uma associação de artistas plásticos japoneses no Brasil. Contribuíram principalmente com o desenvolvimento da pintura abstrata, dando continuidade às idéias da Semana de Arte Moderna.

    Com uma pausa no período da Segunda Guerra Mundial, durante o qual sofreram terríveis e injustas perseguições, os japoneses e seus descendentes continuaram influenciando positivamente a cultura brasileira.

    Na década de 1980, floresceu a "cultura pop", que deu início a um novo ciclo de japonismo. Não mais como resultado de um período de isolamento, mas como decorrência das inúmeras experiências artísticas desenvolvidas no Japão, artistas de todo o mundo voltaram o olhar para o Oriente, buscando formas e técnicas de renovação.

    Samurais, monges, a filosofia e a espiritualidade zen, gueixas, ninjas e tantos outros aspectos da cultura japonesa estão cada vez mais presentes em todo o mundo ocidental, incluindo o Brasil: nos animes (desenhos animados), nos mangás (quadrinhos), nos seriados de televisão.



Vagabond: mangá que conta a trajetória de Miyamoto Musashi, um lendário guerreiro samurai.

Por Valéria Peixoto de Alencar é historiadora formada pela USP e cursa o mestrado em Artes no Instituto de Artes da Unesp. É uma das autoras do livro Arte-educação: experiências, questões e possibilidades (Editora Expressão e Arte).
 
O Dia em que JK fez os Japoneses Chorar :


Painel em Comemoração ao Centenário da Imigração Japonesa no Brasil

      Quando viram de pertinho um membro da dinastia imperial japonesa, naquele improvável sertão goiano, sobre uma poeira impregnante, quando viram aquela cena absolutamente inacreditável, os japoneses emudeceram e choraram.

 
UM PRÍNCIPE NO CERRADO

Presidente Juscelino Kubitschek
     "...Brasília surgia de debaixo do chão, poeira vermelha subindo até os céus, espessa, vistosa, indisciplinada..."

     O ano de 1957 foi o ano do "furacão de buracos", nas palavras do engenheiro Bernardo Sayão. Brasília surgia de debaixo do chão, poeira vermelha subindo até os céus, espessa, vistosa, indisciplinada. Mas não havia somente a revolução dos tratores e das escavações.

     Um outro movimento subterrâneo dava início a uma outra Brasília. A das hortaliças, dos legumes, da produção agrícola que começaria a alimentar os habitantes da nova cidade. Ernesto Silva, em seu História de Brasília, registrou o começo desse furacão de ponta-cabeça: 7 de agosto de 1957, quando se instalou na cidade o primeiro núcleo da colônia japonesa.

     Israel Pinheiro, o responsável pela obras de Brasília, teve a idéia de estimular a migração japonesa para Brasília e assim garantir a produção agrícola. A lenda diz que, quando alguém estranhou a aridez das terras, Pinheiro comentou: "Se fossem boas, não era preciso trazer os japoneses". Eles vieram e se instalaram à margem do Riacho Fundo, terra mais úmida. Plantaram e colheram, mas quase não havia quem comprasse. Os candangos, a maioria nordestinos, não gostavam de legumes e verduras. Alface e tomate não enchem barriga de peão de obra.

    Mas os japoneses continuaram a ocupar as áreas rurais mais propícias à agricultura. Era 1958 quando um grupo deles teve uma surpresa inimaginável para o povo japonês. O príncipe Mikasa, irmão do imperador Hiroito, tinha vindo ao Brasil para participar das comemorações do cinqüentenário da migração japonesa. Como fazia com toda celebridade política que visitava o país, Juscelino trouxe-o para conhecer a construção de Brasília.
    Depois de um almoço oferecido ao príncipe no Palácio da Alvorada, Juscelino quis levá-lo para visitar a colônia japonesa (que a essa altura já esperava o príncipe numa área descoberta sob uma árvore decorada com balões e lanternas coloridas). O embaixador do Japão no Brasil cortou o barato. Explicou que um membro da família imperial jamais poderia se misturar à gente do povo. Intocável tradição milenar.

    Juscelino fez que obedeceu e chamou o príncipe para um "ligeiro passeio", como contou em Por que construí Brasília. O presidente entrou no carro com Mikasa, então um jovem de 21 anos, e mandou que Geraldo Ribeiro, o motorista, tocasse rapidamente para o local onde os japoneses esperavam o príncipe. Havia centenas deles. Quando viram de pertinho um membro da dinastia imperial japonesa, naquele improvável sertão goiano, sobre uma poeira impregnante, quando viram aquela cena absolutamente inacreditável, os japoneses emudeceram. Silêncio total, paralisia completa. Até que Juscelino fez o que mais sabia fazer: quebrou a sisudez do ambiente e disse que, contra o protocolo "obsoleto", o príncipe Mikasa estava ali, de corpo e alma, para lhes trazer a saudação do imperador Hiroito. Os japoneses choraram.

Não se tem notícia de que o príncipe tenha recebido algum castigo por ter deixado Juscelino quebrar as rígidas normas da dinastia nipônica...
Conceição Freitas, em Crônica da Cidade, no Correio Braziliense, edição de 09 de agosto de 2007.

Música tradicional do Japão :



     A música japonesa pode ser subdivida em duas vertentes: a clássica e a folclórica. Dentro do ramo clássico temos diversos estilos que surgiram durante as diversas eras culturais da história japonesa.

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Era Nara

     Durante a era Nara (710-794) houve no Japão um forte intercâmbio cultural com a China. Neste período foi introduzido o Gagaku no Japão, que viria a se tornar a música da côrte japonesa.
O desenvolvimento musical se deu na era seguinte, a era Heian (794-1192). As músicas que vieram do continente asiático passaram por um processo de sofisticação passando a ter características claramente japonesas. O Gagaku passa a ser cultivado pela nobreza. Ela é uma música solene muitas vezes acompanhado de dança, executado com instrumentos de sopro (Sho - harmônica, Hichiriki - flauta vertical de palheta simples, Ryuteki e Komabue - flautas horizontais), intrumentos de corda (Sô e Wagon - tipos de koto, harpas horizontais; Biwa - espécie de balalaika) e instrumentos de percussão (Taiko, Kakko, tsuzumi).
Era Azuchi-Momoyama

     A era Azuchi-Momoyama (1573-1603) apesar de curta foi muito fertil em termos culturais. Foi nesta época que houve o estabelecimento e a consolidação das diversas artes tradicionais do Japão como o Ikebana e a Cerimonia do Chá. Musicalmente houve um grande desenvolvimento nos instrumentos. As flautas antigas evoluiram para o Shakuhachi, o Sô usado no Gagaku com cordas mais flexiveis ficaram mais brilhante e se tornaram os atuais Koto, o antigo Biwa foi substituido pelo Shamisen espécie de banjo com três cordas percutidas por um plectro.

Era Edo

     Durante a era Edo, a música para Koto chamado Sôkyoku, era tocado quase que somente pelos cegos, e pelas mulheres e jovens dos comerciantes mais abastados e dos militares de grau mais alto, fazendo parte de sua formação cultural. Na primeira metade do século XX, com o advento das gravações e do rádio, o Sôkyoku, sofreu um processo de popularização principalmente pelas mãos de Michio Miyagi que incorporou técnicas e arranjos inovadores na antiga música do Japão.

Bandeira do Japão: Significado, cores e história da bandeira japonesa





                                                                      Bandeira Japonesa

Fonte: Suapesquisa.com

     A bandeira do Japão, também conhecida como "Disco Solar" (Hinomaru), é composta por um fundo branco e um círculo vermelho na área central. A origem desta bandeira remonta o século XIII. Nos séculos XV e XVI foi usada como símbolo militar. Na época da restauração Meiji, a bandeira começo a ser adotada como símbolo nacional. Porém, foi somente em 13 de agosto de 1999 que ela foi oficialmente reconhecida como bandeira nacional. Uma lei estabeleceu, nesta oportunidade, as medidas oficiais.

Conheça o filme "Memórias de uma Gueixa" :

Filme é um dos mais famosos relacionados a cultura japonesa



Cena do filme "Memórias de Uma Gueixa"
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Com adaptações feitas.

    Memórias de uma Gueixa é um filme estadunidense de 2005, do gênero drama, dirigido por Rob Marshall. O roteiro é uma adaptação do best-seller "Memoirs of a Geisha" de Arthur Golden, sobre a cultura japonesa. O orçamento de Memórias de uma gueixa foi de 85 milhões de dólares.
A História:

    O filme começa nos anos que antecedem à Segunda Guerra Mundial, quando uma criança japonesa chamada Chiyo é vendida pelo seu pai, pescador de uma vila de pescadores, para uma casa de gueixas. Ela ficaria destinada durante os primeiros anos às tarefas domésticas, conforme ditava a tradição. Cresce na dúvida e na esperança de encontrar a família, sem compreender o sentido da vida que agora levava, até que, por obra do destino, conhece acidentalmente um dos homens mais poderosos do Japão, por quem se apaixona imediatamente e, para lhe conseguir chegar, reconsidera o rumo da sua vida para se tornar uma gueixa de sucesso. Chiyo, que passaria a ser conhecida por Sayuri — o seu nome de gueixa — recebe a sua formação de uma das mais conceituadas gueixas do Japão, Mameha, rival de uma outra que vive na sua casa (okyia) e que, desde a sua chegada, lhe tem dificultado a vida.
Principais prêmios e indicações:

     O filme ficou famoso em todo o mundo pelos detalhes da vida de uma Gueixa, na época do lançamento as Geixas ficaram famosas e conhecidas por todo o mundo. Confira abaixo alguns prêmios recebidos pelos filmes:
Oscar 2006 (EUA)

- Venceu nas categorias de melhor direção de arte, melhor fotografia e melhor figurino.
- Indicado nas categorias de melhor trilha sonora, melhor som e melhor edição de som.
BAFTA 2006 (Reino Unido)

- Venceu nas categorias de melhor figurino, melhor fotografia e melhor trilha sonora.
- Indicado nas categorias de melhor atriz (Zhang Ziyi), melhor desenho de produção e melhor maquiagem.
Globo de Ouro 2006 (EUA)

-Venceu na categoria de melhor trilha sonora.
-Indicado na categoria de melhor atriz - drama (Zhang Ziyi).

MTV Movie Awards (EUA)

- Indicada na categoria de melhor performance sexy (Zhang Ziyi).
Curiosidades
- Nenhuma das três atrizes principais é japonesa, e tiveram que aprender os diálogos foneticamente.
- As atrizes do elenco passaram por um curso de seis semanas sobre a cultura das gueixas.
- O filme foi fortemente criticado pelos críticos asiáticos por colocar atrizes chinesas interpretando gueixas. De acordo com o produtor Lucy Fisher, nos testes para a escolha do elenco nenhuma atriz japonesa compareceu, e portanto tiveram que utilizar atrizes de outras origens asiáticas.

Apesar das contradições, o filme consegue passar de forma sucinta a vida de uma Gueixa.


Criado nos EUA, Billiken faz sucesso no Japão



Personagem é considerado símbolo de boa sorte
Segundo a lenda, quem esfregar as mãos nos pés do Billiken terá um desejo atendido

Origem: Site Made in Japan

     Billiken é um personagem semelhante a um elfo, geralmente retratado sentado com os braços juntos do tronco. Os pés são grandes, com os dedos voltados para cima. Embora sua origem seja objeto de discussão, a versão mais aceita é que ele foi criado pela americana Florence Pretz em 1908. Pretz, uma professora de arte e ilustradora, teria visto a imagem em um sonho.

    Em seguida, Billiken ganhou muita fama nos Estados Unidos, inspirando a confecção de amuletos de boa sorte. Ela era chamado de “o deus das coisas como elas devem ser”, mas sempre em tom de brincadeira. Nos anos seguintes, tornou-se mascote de muitas universidades do país e apareceu como amuleto no filme “Ponte de Waterloo”, de 1940.

    Billiken ficou conhecido no Japão também. Retratado de forma semelhante às estátuas budistas, há uma grande imagem em uma esquina próxima da Tsutenkaku Tower, uma conhecida atração turística de Osaka. A lenda diz que Billiken realiza o desejo de quem esfrega as mãos em seus pés.

    No Japão, além de amuletos e doces, Billiken já foi tema de um filme, a comédia “Biriken”, de 1996, dirigida por Junji Sakamoto. Além disso, também apareceu no game Ryu ga Gotoku 2 (para PlayStation 2), que se passa em Osaka.

Entenda Como é a Política no Japão (1) :



Palácio da Dieta Nacional, em Tóquio.
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Adaptado pela equipe do Blog


O Imperador Akihito e a Imperatriz Michiko.

    Sistema de Governo: Monarquia Constitucional onde existe um imperador, mas seu poder é muito limitado. A Constituição o define como "símbolo do Estado e da unidade do povo" e ele não possui poderes relacionados ao governo. O poder, concedido por soberania popular, está concentrado principalmente na figura do primeiro-ministro do Japão e de outros membros eleitos da Dieta. O imperador age como chefe de Estado em ocasiões diplomáticas, sendo Akihito o presente imperador do Japão e Naruhito, o próximo na linha sucessória do trono.

    O primeiro-ministro do Japão é o chefe de governo. O candidato é escolhido pela Dieta de entre um de seus membros e endossado pelo imperador. O primeiro-ministro é o chefe do Gabinete, órgão executivo que nomeia e demite ministros de Estado do qual a maioria deve ser membro da Dieta. O primeiro-ministro do Japão é, no momento, Naoto Kan.


   O órgão legislativo do Japão é a Dieta Nacional, um parlamento bicameral. A Dieta é formado pela Câmara dos Representantes, com 480 representantes eleitos por voto popular a cada quatro anos ou quando dissolvida, e pela Câmara dos Conselheiros de 242 membros com mandatos de seis anos. Todos os cidadãos com mais de 20 anos têm direito ao voto e a concorrer nas eleições nacionais e locais realizadas com voto secreto. O Japão tem um sistema político democrático e pluripartidário com seis grandes partidos políticos. O liberal conservador Partido Liberal Democrata (PLD) está no poder desde 1955, a não ser por um curto período de coalizão da oposição em 1993. O maior partido de oposição é o liberal social Partido Democrático do Japão.

   Historicamente influenciado pelo sistema chinês, o sistema legal do Japão desenvolveu-se independentemente durante o período Edo. Entretanto, desde o final do século XIX, o sistema legal japonês tem se baseado em grande parte nos direitos civis da Europa, principalmente da França e Alemanha. Em 1896, por exemplo, o governo japonês estabeleceu um código civil baseado no modelo alemão. Com modificações do pós-Guerra, o código permanece vigente no Japão. A lei estatutária origina-se na Dieta com a aprovação do imperador. A Constituição requer que o imperador promulgue as leis aprovadas pela Dieta, sem, no entanto, conferir-lhe o poder de opôr-se a aprovação de uma lei. O sistema de tribunais do Japão é dividido em quatro esferas básicas: a Suprema Corte e três níveis de cortes inferiores. O corpo principal da lei estatutária japonesa é chamado de Seis Códigos.

Entenda Como é a Política no Japão (2) : Os Poderes do Governo


Câmara Alta do Parlamento Japonês

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. 



Sistema Político-Partidário
Edifício da Dieta do Japão
     O Japão tem um sistema político democrático e pluripartidário. O Estado japonês atualmente é uma monarquia parlamentarista. Todos os cidadãos adultos têm o direito ao voto e a concorrer nas eleições nacionais e locais. Há seis grandes partidos políticos. O mais forte deles, o Partido Liberal Democrata, esteve no poder desde 1955. Com a vitória do Partido Democrata Japonês nas últimas eleições, quebra-se um continuísmo de mais de 50 anos.


    O Japão também tem um imperador. De acordo com a constituição japonesa, o imperador é o símbolo do Estado e da unidade do povo. Ele não possui poderes relacionados ao Governo.

      A monarquia japonesa data de muitos séculos. É a mais antiga monarquia ininterrupta do mundo. O atual imperador, Akihito, subiu ao trono em 1989. Ele e sua esposa, a imperatriz Michiko, têm três filhos. O imperador e demais membros da família imperial vivem no Palácio Imperial de Tóquio.
Poder Executivo

Primeiro-ministro Naoto Kan.
       O primeiro-ministro, chefe de governo japonês é escolhido pelo parlamento japonês, a Dieta. O primeiro-ministro é o líder do partido majoritário ou de um dos partidos coligados ao partido majoritário.

       O primeiro-ministro nomeia o seu Gabinete, e cada ministro membro do Gabinete dirige um dos ministérios do governo. O Gabinete, presidido pelo primeiro-ministro, é responsável pelo Poder Executivo.

     Após a derrota do Japão na Segunda Guerra Mundial, um dos objetivos das tropas aliadas de ocupação foi assentar as bases de um governo democrático. O passo decisivo foi à constituição de 1947, que privou o imperador do poder absoluto.

Poder Legislativo

      O parlamento japonês (Dieta) é bicameral: a Câmara dos Representantes, com 511 membros, sendo 200 eleitos pelo povo, seus membros são eleitos quadrienalmente por sufrágio universal, e a Câmara dos Conselheiros, com 252 mebros, todos eleitos pelo povo, seus membros são eleitos cada seis anos por sufrágio universal, sendo a metade renovada cada três anos.
Poder Judiciário

Consiste num poder independente. Compõe-se de uma rede de tribunais de hierarquia gradativa.

Defesa

Exército Norte-Americano
      Uma das primeiras medidas adotadas pelas potências aliadas em 1945 foi desmilitarizar o Japão. A constituição de 1947 obrigava o país a um pacifismo permanente. Em 1950, porém, mudanças no cenário político internacional resultaram na criação de uma “reserva policial” nacional. Em 1952, o nome foi mudado para Força de Segurança Nacional, já então com 110.000 homens, incluindo uma incipiente força naval, formada com a ajuda norte-americana. A FSN foi posteriormente ampliada, para incluir uma arma aérea, sendo então rebatizada como Força de Defesa Nacional, em 1954. Na década de 70, as forças japonesas de terra, mar e ar contavam com cerca de 285.000 homens, mas a defesa ainda depende dos EUA, que mantêm bases militares e 58.000 homens no Japão.

Entenda o Terremoto do Japão :

O portal de notícias G1, produziu um esquema do terremoto do Japão bem simples e prático. Podemos perceber pela imagem abaixo como aconteceu o desastre do país. Fique por dentro do assunto:


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Exposição: Mariko Mori – Oneness


 Artista Mariko Mori de Sereia em uma de suas fotografias artisticas.

     Dedicamos essa postagem a exposição que fomos. Um dia que uniu a diversão e o apego a cultura japonesa, Mariko Mori é um grande nome das artes visuais no Japão com grande relevância no ocidente. Sua preocupação é unir a tecnologia a arte mostrando que nos tempos atuais um precisa do outro.

    Ao unir sua arte com o design de ponta, Mariko usa da tecnologia para ditar valores humanos e levar o visitante a uma experiência sinestésica, como o que acontece ao adentrar Wave UFO, uma nave espacial de mais de seis toneladas que proporciona uma gama de sensações advindas de recursos que aliam a computação gráfica, animação, ondas cerebrais, som e engenharia arquitetônica e resultam em uma obra espetacular.

Abaixo você confere as principais obras de sua exposição:
 
 

Veja o Nível de Radiação Na Usina Nuclear de Fukushima :


Fonte: The Guardian e Radiologyinfo.org
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Confira o que cada emissão radioativa pode causa no nosso corpo:


(Arte / G1)
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A Origem do Hashi: O Famoso Talher Japonês



do site Japão em Foco

    Os hashis começaram a ser usados no ano de 2.500 anos antes de Cristo. Conta-se que os primeiros foram utilizados como suporte para grelhar carnes sobre a brasa. Para não queimar as mãos e servir a carne, eram usadas as tiras de bambu. Lenda ou fato, o hábito sobrevive até os dias de hoje e se mostra uma das formas mais interessantes de manipulação dos alimentos.

    Os hashis são mais higiênicos do que os garfos e colheres e podem ser produzidos com diversos materiais, desde bambu até prata e marfim. Parece que toda a cultura culinária oriental foi de certa forma desenvolvida para ser consumida por estes palitinhos. Os alimentos são cortados em tamanhos que podem ser facilmente segurados, dispensando o uso da faca e do garfo.

    Existem algumas regras de etiqueta para segurar os hashi. Uma delas é não ficar balançando os palitos no ar. Também não é de bom tom passar os alimentos de hashi para hashi de outra pessoa. Os palitinhos são delicados e como tal não devem jamais perfurar os alimentos.

    Dizem os japoneses que os hashis não fazem parte da tradição de comer sushis e sashimis. Isso é um hábito ocidental. O correto é consumir utilizando-se das mãos.

Curiosidades sobre o uso do Hashi: (Evite gafes)

- Nunca cruze o hashi;
- Segure o hashi perto da parte final e não no meio ou no começo;
- Nunca pegue a comida na posição vertical e sim pelas laterais;
- Quando não estiver usando o hashi ou quando tiver terminado de comer, coloque-o na sua frente, com a ponta virada para esquerda.
- Não espete o hashi na comida. É considerada uma gafe (shinda toki). É costume no Japão, espetar o hashi em um pote de arroz e conduzi-lo do velório ao cemitério.
- Não passe comida do seu hashi diretamente para o hashi de outra pessoa. Apenas ossos da cremação em funerais são passados dessa maneira.
- É falta de educação escolher comida e apontar pessoas e objetos com o hashi
- Não movimente pratos ou tigelas com o hashi.
- O correto é segurar o hashi com a mão direita e usar a esquerda para levantar as tigelas de arroz e de sopa para comer.
- Quando houver pratos que serão degustados por todos, terá um talher ou hashi para cada prato, onde você irá utilizá-lo para se servir.
- Garfo e faca são usados apenas para pratos ocidentais. Colheres às vezes são utilizadas em pratos japoneses que apresentam uma certa dificuldade de serem consumidos com o hashi, por exemplo, alguns donburi ou kare raisu. A colher chinesa de cerâmica ocasionalmente é usada para sopas.

Modo de usar o hashi:


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A História do Bonsai :



Bonsai, A Mini Árvore Japonesa Que Necessita de Muitos Cuidados e Tradições

Fonte: PROJETO BONSAI

   A Natureza sempre foi o caminho para o homem estreitar suas relações com o divino. Por esse motivo, as florestas eram o templo sagrado de muitas civilizações e a proteção na busca de equilíbrio. Assim, percorrer os caminhos tortuosos da floresta era comum, principalmente entre os monges chineses e os taoístas, interessados em meditar e reabastecer suas energias.

    Entre os elementos naturais dignos de adoração, as árvores centenárias eram o exemplo mais marcante de longevidade e superação da ação do tempo. Mesmo expostas a condições desfavoráveis, elas renasciam, floresciam e frutificavam todo ano. Era a verdadeira vitória contra a morte. Com o passar dos anos, surgiu a idéia de levar para as cidades um pouco da “essência mágica” das florestas.

    As árvores, então, começaram a ser cultivadas em vasos pequenos ou bandejas, mas com a aparência de terem vivido muitos anos. Essas miniaturas eram chamadas de pun sai e cada monge budista cuidava do seu exemplar com dedicação absoluta para apresentarem uma expressão de saúde e beleza natural, mas, principalmente, para servirem de veículo à meditação.

   Desenvolvida pelos chineses desde o ano 200 a.C., essa arte provavelmente foi levada ao Japão por monges. Na Era Kamakura, entre 1192 e 1333, ocorreu a primeira menção ao bonsai em terras japonesas, sinal de que os nobres já haviam descoberto esse tesouro em miniaturas de ameixeiras, cerejeiras e pinheiros plantados em vasos.

   A popularidade do bonsai já era imensa na Era Edo, entre os anos de 1615 e 1867, principalmente pelas espécies floríferas e com folhagens coloridas. O período também é marcado pelo desenvolvimento das técnicas de cultivo e a criação dos estilos básicos.

   Mas foi só no começo do século XX que o mundo ocidental pôde admirar a perfeição das árvores cultivadas em espaços reduzidos. As exposições destas pequenas obras de arte, criadas em conjunto pelo homem e a Natureza, davam ao mundo lições de paciência, dedicação e técnica.

   O bonsai passou a ser popular nas grandes cidades carentes do contato com a Natureza. Logo, tornou-se um hobby que se espalhou por diversos países. No Brasil não é diferente. Muitas pessoas dedicam anos para dar a forma envelhecida às suas plantas, inclusive muitas nativas. Afinal, num país tropical com tantas espécies de árvores, nada mais justo do que se aventurar pelo mundo do bonsai.

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Texto retirado da revista Biblioteca Natureza – Bonsai, Segredos de Cultivo (editora Europa)

OBS.: Apesar de ser responsável pela difusão do bonsai pelo mundo, nem o Japão e nem a China foram os primeiros países a utilizarem técnicas para redução de plantas. Acredita-se que os primeiros a fazer isso foram os curandeiros indianos, que necessitavam transportar plantas medicinais e por isso reduziam as plantas, mesmo sem dar a essa técnica o nome de Bonsai. Esta árvore hoje é mais conhecida na cultura japonesa.