Carteiro Kenjiro Ishimori faz entregas e, Ishinomaki (Miyagi), uma das áreas mais afetadas pelo tremor (Hiro Komae/Associated Press) |
DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
Folha Online
A Câmara de Deputados do Japão aprovou neste sábado um primeiro orçamento de emergência, de 4,02 trilhões de ienes (cerca de R$ 77 bilhões), para financiar a reconstrução do nordeste do país, devastado por um terremoto de magnitude 9,0 seguido por um tsunami no último dia 11 de março.
Segundo a agência local Kyodo, a previsão é que o orçamento seja aprovado já nesta segunda-feira pelo Senado, a Câmara de menor influência das duas que compõem o Parlamento (Dieta) japonês. Este orçamento extra, que deverá ser seguidos por outros dois, foi apresentado à Dieta na quinta-feira (28), uma semana após ter sido projetado pelo governo.
O terremoto de magnitude 9 deixou 14.616 mortos, enquanto 11.111 pessoas ainda estão desaparecidas. O tremor deixou ainda quase 70 mil casas destruídas e 130 mil pessoas sem lar.
A maior parcela do orçamento aprovado neste sábado, 1,2 trilhão de ienes (R$ 23 bilhões), servirá para reconstruir povoados inteiros e restaurar estradas, pontes, portos e ferrovias arrasadas pelo terremoto e o posterior tsunami.
Outros 360 bilhões de ienes (R$ 6,91 bilhões) serão destinados à construção de casas temporárias, 30 mil das quais devem estar prontas até o fim de maio. Haverá ainda 350 bilhões de ienes (R$ 6,7 bilhões) para financiar a retirada das toneladas de escombros que estão amontoadas ao longo de dezenas de quilômetros no litoral de Miyagi, Fukushima e Iwate, as três províncias mais afetadas.
O restante da verba ficará reservado para indenizar as vítimas, promover a atividade empresarial e fomentar o uso de geradores de energia, perante os problemas em várias usinas térmicas e nucleares. Apesar de não haver a previsão da emissão de nova dívida para custear o plano aprovado neste sábado, o primeiro-ministro do Japão, Naoto Kan, reconheceu que este projeto legislativo será seguido por um segundo orçamento de emergência para o qual o país precisará recorrer aos bônus.
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