sábado, 23 de abril de 2011

Robôs entram na usina em Fukushima para medir radioatividade

Da Folha Online
Redação São Paulo

Sondas robóticas norte-americanas entraram pela primeira vez nos edifícios dos reatores nucleares de Fukushima, a fim de medir a radioatividade do local. As informações do jornal "El País" desta sexta-feira.

Os robôs entraram primeiro nos edifícios dos reatores 1 e 3 --locais em que nada passou desde o terremoto e tsunami do dia 11 de março.
De acordo com a medição dos robôs, a radioatividade do reator 1 oscilou entre 10 e 49 milisieverts por uma hora. Já no 3, entre 28 e 57. Ambas as medições são tidas como altas. O reator 2 não pôde ser medido por causa da umidade, que estavam em 90%.


Vídeo das sondas que entraram pela primeira vez nos edifícios dos reatores nucleares de Fukushima

Cada empregado da usina poderia estar mais de cinco horas nos edifícios, segundo cálculo das doses de radiação suportada pelo corpo humano. Das 300 pessoas que lá trabalhavam, diz o jornal, 28 não poderiam estar durante todo esse tempo, porque ultrapassariam o limite de radiação.

A empresa que fornecedora do androide é a iRobot, empresa fundada há 21 anos por engenheiros do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, na sigla em inglês).

Trata-se da companhia que faz robôs militares para as tropas dos Estados Unidos no Afeganistão e Iraque. Os androides da companhia também inspecionaram o vazamento da BP no Golfo do México, além de terem atuado entre os escombros das torres gêmeas do World Trade Center.

"A tecnologia dos Estados Unidos como eleita demonstra os diferentes enfoques que cada país dá aos robôs. O Japão é líder mundial no setor, mas boa parte do desenvolvimento tem sido dedicado a robôs humanóides, destinados ao lazer. Nos EUA, as empresas seguem as diretrizes do Departamento de Defesa, que exige robôs úteis, sem fogos de artifício", diz o "El País".

A iRobot enviou modelos de máquinas ao Japão uma semana após o terremoto. São dois tipos: o Packbot 510 (para explorar terreno) e o Warrior 710 (capazes de levantar cargas pesadas).

Os robôs que entraram em Fukushima são os modelos PackBot (enviados ao Afeganistão em 2002 para inspecionar grutas e bunkers em busca de bombas).

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