Famílias na chagada ao Brasil em São Paulo |
- As informações são do site Imigração Japonesa
Apesar de um certo grau de participação de governos no estabelecimento de regras para enviar e receber imigrantes, o agenciamento dessa mão-de-obra era essencialmente um negócio feito por empresas privadas lá e cá, e a quantidade de empresas que existiam indica que a imigração era um negócio atraente e lucrativo. Para atrair o maior número de pessoas possível, as agências investiam em propagandas que nem sempre correspondiam à realidade. No caso do Brasil - país totalmente desconhecido e exótico para os japoneses - informações atraentes eram superavaliadas. O café era descrito como “a árvore que dá ouro”, e a produtividade da planta seria tamanha que os galhos envergavam com o peso dos frutos, e que bastava facilmente colhê-los com as mãos. Se tudo corresse do modo que as agências divulgavam, em um mês uma família com três membros trabalhando no cafezal receberiam o equivalente a 135 ienes no câmbio da época (uma quantia fantástica, considerando que o salário mensal de um policial no Japão era de 10 ienes).
Outras informações eram convenientemente vagas ou incompletas. O contratador brasileiro comprometia-se a “dar moradia” a cada família imigrante - mas no contrato de imigração não se especificavam as condições de tal moradia. A alimentação era por conta de cada família - mas não se explicava o exploratório “sistema do armazém” até que os imigrantes já estivessem na fazenda.
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