segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Meias verdades, total sofrimento: A chegada dos imigrantes japoneses no Brasil foi de grande dificuldade

Famílias na chagada ao Brasil em São Paulo

- As informações são do site Imigração Japonesa

     Apesar de um certo grau de participação de governos no estabelecimento de regras para enviar e receber imigrantes, o agenciamento dessa mão-de-obra era essencialmente um negócio feito por empresas privadas lá e cá, e a quantidade de empresas que existiam indica que a imigração era um negócio atraente e lucrativo. Para atrair o maior número de pessoas possível, as agências investiam em propagandas que nem sempre correspondiam à realidade. No caso do Brasil - país totalmente desconhecido e exótico para os japoneses - informações atraentes eram superavaliadas. O café era descrito como “a árvore que dá ouro”, e a produtividade da planta seria tamanha que os galhos envergavam com o peso dos frutos, e que bastava facilmente colhê-los com as mãos. Se tudo corresse do modo que as agências divulgavam, em um mês uma família com três membros trabalhando no cafezal receberiam o equivalente a 135 ienes no câmbio da época (uma quantia fantástica, considerando que o salário mensal de um policial no Japão era de 10 ienes).


     Outras informações eram convenientemente vagas ou incompletas. O contratador brasileiro comprometia-se a “dar moradia” a cada família imigrante - mas no contrato de imigração não se especificavam as condições de tal moradia. A alimentação era por conta de cada família - mas não se explicava o exploratório “sistema do armazém” até que os imigrantes já estivessem na fazenda.

Nenhum comentário:

Postar um comentário