sábado, 3 de setembro de 2011

Sabrina Sato já fez ensaio fotográfico sobre mitologia japonesa, confira:

O fotógrafo Well Calandria cria um universo onírico para mostrar a estrela Sabrina Sato representando os mitos japoneses


- As informações são do site Made In Japan.
 
   Uma viagem ao fantástico mundo da mitologia japonesa, passando por cenários, cores e traços de um passado que ainda hoje está vivo em seus descendentes. Misturar o tradicional e o moderno. São essas as propostas da exposição fotográfica “Jardins de Sato”, que traz imagens da musa nikkei Sabrina Sato, produzidas por Yan Marques, através da lente onírica de Well Calandria.

   O projeto surgiu de um insight do fotógrafo: “A mostra é baseada nos mitos do Japão que estudei. Foram eles que deram origem a um imaginário, aos ícones da cultura japonesa”, relata. Entre eles, está a gueixa. A mulher bela e enigmática com toques ocidentais caiu perfeitamente no perfil de Sabrina. “Ela é a expressão da mistura que o povo japonês teve com os brasileiros”, diz.

  As fotos foram feitas sob um fundo verde, que posteriormente foi trocado no computador. No lugar, Calandria buscou mesclar elementos naturais, como água e árvores. Isso porque, ao estudar a cultura nipônica, o fotógrafo percebeu o respeito e cuidado que os japoneses têm com a natureza. As florestas foram montadas com imagens de diversos jardins. A produção também buscou o hiperrealismo, ou seja, ela segue um estilo que busca uma riqueza de detalhes, que faz a foto ficar parecida com o real, ou mais que isso, uma perfeição que não pode ser real. “Algumas fotos são mais conceituais, outras mais visuais”, explica.

   Como grande parte das comemorações do Centenário, “Jardins de Sato” também tenta mostrar um pouco mais da história do Japão no Brasil. Objetivo que o fotógrafo acredita ter cumprido. “O legal de fazer a exposição é que o público se sente impelido a ir buscar mais informação sobre esses assuntos e assim conhecer mais a história do Japão”, acredita. O ensaio contou também com o toque de Paulo Guerra na maquiagem e cabelos.

Confira as fotos:
O Tsuru


A produção foi inspirada no “tsuru” ou, em português, grou (uma espécie de garça). A ave é uma das mais populares figuras feitas em origami e representa a longevidade. O símbolo tradicional ganhou traços modernos na produção feita por Calandria.

A Gueixa
A mulher é uma figura misteriosa na cultura japonesa. A gueixa é o maior exemplo. O fotógrafo tentou reproduzir uma dessas figuras enigmáticas com uma roupagem mais moderna. Na mostra também é possível ver fotos em que Sabrina está com a maquiagem tradicional.


O Moderno
Não apenas os mitos, mas os símbolos da atual modernidade vista nas ruas do Japão também estão representados. Sabrina veste sobreposições, muito usadas pelos jovens, que misturam estilos para montar seu visual. O dourado é uma cor marcante. “A modernidade da roupa contrasta com o fundo misterioso, que lembra uma época mais antiga, exatamente como o Japão de hoje”, diz Calandria.
  Sabrina Sato também já explicou seu ensaio em uma entrevista, caso queira conferir continue lendo a postagem clicando em "Mais Informações" logo abaixo.
 

SABRINA SATO – A japonesa é nossa!

Sadao Sato veio do Japão em 1931, com 3 anos de idade. Na mesma época, chegou Luiza Hissae. Aqui eles cresceram e se casaram. Brindamos a isso porque a neta deles é Sabrina Sato, a sansei mais gata do Brasil.

No ano do centenário da imigração japonesa, ela ganhou uma homenagem: a exposição Jardins de Sato, do fotógrafo Wel Calandria, em São Paulo. Falamos disso tudo com ela.


Para a exposição, você foi fotografada em estúdio e depois o Calandria fez montagens com os cenários. Como foi essa experiência?

O fotógrafo pegava, mostrava a paisagem e me falava: “Finge que você está em cima de uma árvore”. Na verdade, eu estava em cima de uma plataforma. Adorei essa mistura de mitologia oriental e modernidade.

Você conhece o Japão?

Não. Pretendo ir a Tóquio este ano. Quero me aprofundar na cultura, culinária, moda. O Japão sempre esteve muito presente na minha vida. Como? Meus avós maternos, Sadao e Luiza, moravam na minha casa. Tinha ofurô. A gente só comia comida japonesa. Missoshiro no almoço, no jantar. Arroz, só aquele bem grudento. Quando vinha amiga minha em casa, eu até pedia: “Mãe, faz alguma coisa diferente, vai. Faz uma batata frita”.

Os orientais têm fama de serem mais fechados. Mas você é muito extrovertida. De quem é a “culpa”?

Minha avó era muito extrovertida, alegre, sempre recebia gente em casa. Ela dava gargalhada alto e contava piadas do Ary Toledo e do Costinha. Tinha um avental em que ela puxava uma cordinha e levantava um pinto de pano. Nossa família era mais italiana que japonesa.

Japonesas não costumam ter bunda grande e arrebitada. Então, de onde veio a sua?

Minha avó paterna veio da Suíça com 20 e poucos anos. Era muito linda e tinha um corpão. Meu avô paterno era libanês, daí deu essa mistura.

Mas você tem orgulho de ser japonesa?

Hoje sim, adoro ser diferente e isso impulsionou minha carreira. Mas, quando era pequena, eu chegava da escola quase chorando e perguntava pra minha mãe: “Por que todo mundo fica me chamando de japonesinha?”. E ela respondia: “Se olha no espelho, menina!”

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