quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Saiba o que é Rōmaji :

Cada simbolo possui representação no Romaji (formatação ocidental)
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.



    O romaji (em japonês: ローマ字, rōmaji, lit. "letra romana") é empregado na transcrição fonética da língua japonesa para o alfabeto latino (ou romano). O japonês é escrito normalmente ou em kanjis (cerca de dois mil ideogramas) ou em hiraganas e katakanas (quase duas centenas deles). A romanização está presente onde há mensagens destinadas a estrangeiros, como nas sinalizações de rua, em passaportes, em dicionários e em livros didáticos para os estudantes da língua. É a transliteração da lingua japonesa

    Existem diferentes sistemas de romanização, sendo que as principais são três: o sistema Hepburn, o Kunrei-shiki (ISO 3602) e o Nihon-shiki (ISO 3602 estrito). Sistemas variantes do Hepburn são as que estão em maior uso.

    Todos os japoneses que estudaram na escola fundamental depois da Segunda Grande Guerra foram ensinados a ler e a escrever em rōmaji, o japonês romanizado. A romanização é o método mais comum de se inserir palavras japonesas no computador e em processadores de texto.

História:

    O primeiro sistema de romanização do japonês baseava-se na ortografia da Língua Portuguesa. Foi desenvolvido por volta de 1548 por um católico japonês de nome Yajiro. A Companhia de Jesus usou este sistema numa série de livros católicos impressos para que os missionários pudessem pregar e ensinar sem ter de aprender a ler japonês. O mais útil destes livros para o estudo da pronúncia do início do japonês moderno e primeiras tentativas de romanização foi o Nippo jisho, um dicionário de japonês-português escrito em 1603.

    Em geral, o antigo sistema português é parecido com o Nihon-shiki no seu tratamento das vogais. Algumas consoantes foram transliteradas de forma diferente: por exemplo, a consoante /k/ era usada como "c" e a consoante /ɸ/ (agora pronunciada /h/) como "f", portanto Nihon no kotoba ("A língua do Japão") escrevia-se "Nifon no cotoba". Os jesuítas também imprimiram alguns livros antigos no japonês romanizado, incluindo a primeira edição impressa do clássico japonês "O conto do Heike", romanizado como Feiqe no monogatari, e uma colecção das Fábulas de Esopo, romanizado como Esopo no fabvlas, que continuou a ser impressa e lida mesmo após a supressão do Cristianismo.

    Depois da expulsão dos cristãos do Japão no início do século XVII, o rōmaji perdeu o uso e era apenas utilizado esporadicamente em textos estrangeiros até meados do século XIX, quando o Japão se abriu novamente. Os sistemas usados actualmente foram desenvolvidos na segunda metade do século XIX.

    O primeiro sistema a ser desenvolvido foi o sistema Hepburn, desenvolvido para o dicionário japonês do autor e destinado ao uso por parte dos estrangeiros.

    Na era Meiji, alguns estudiosos japoneses defenderam a total abolição do sistema de escrita japonês e o uso do rōmaji em vez dele. A romanização Nihon shiki foi fruto deste movimento. Vários textos japoneses foram publicados totalmente em rōmaji durante este período, mas a ideia não se conseguiu implementar, talvez devido ao grande número de homófonas que existem no japonês, que são pronunciadas de forma similar, mas escritas com caracteres diferentes. Mais tarde, no início do século XX, alguns estudiosos planejaram sistemas cujos caracteres derivavam do Latim; estes eram ainda menos populares, pois não eram baseados em nenhum uso histórico do alfabeto latino.

Nenhum comentário:

Postar um comentário