Dois integrantes do projeto "Japão: O Fim Ou Um Novo Começo?" visitaram o Templo Budista de Brasília: Terra Pura, com o objetivo de conhecer o principal local de dissiminação da religião Budista em Brasília. A visita foi guiada pela funcionária do templo, Fernanda, que contou aos integrantes do grupo, Marco Aurélio e Stéphanie Santos o funcionamento do local. O interesse do grupo por conhecer o budismo veio depois de longas pesquisas em que a integrante Elisandra Martins, responsável pela pesquisa profunda desta religião, mostrou de forma dinâmica seus principais fundamentos. O Budismo é a religião predominante em território japonês. O espaço pode ser chamado de "pedaço do Japão em Brasília" pois, como se pode ver nas fotos tiradas, a arquitetura e esculturas são totalmente fiéis ao país nipônico. A ligação com a terra do sol nascente é tão intensa que para a fundação dessa instituição foi precisso a vinda de uma comitiva de monges budistas para Brasília.
O interesse pelo nosso projeto por parte da direção do templo foi de imenso prazer, por ver um grupo de jovens tão interessados em assuntos diferentes que fogem de "chiclês" do mundo atual. O grupo foi convidado para práticas de meditação e entrevista com o monge superior Shôjo Sato. Além disso também foi apresentado um convite para participação da quermesse: "O Brasil Abraça o Japão", tradicional festa japonesa realizada em todos os fins de semana de agosto, que segundo o templo recebe centenas de pessoas durante esse mês. Os membros do projeto receberam um cartaz de divulgação da festa para colocar na escola.
O templo dá assistência religiosa às famílias de migrantes japoneses, acompanhando os enterros e realizando os cultos de agradecimento aos antepassados, comemorando as várias datas budistas tradicionais como Ano Novo, Hôonko, Nehan-ê, Ohigan, Hanamtsuri, Gotan-ê, Obon, Eitaikyo, Jôdo-ê e Jôya-ê, mas se tornou mais universal.
Sim, algo de novo está acontecendo nos últimos anos: o crescente interesse budista pelos brasileiros. Cursos de meditação e budismo se renovam mensalmente. O templo fica lotado nas sessões dominicais de meditação cantada, quando as palestras do monge são em língua portuguesa. Realizam-se casamentos e batismos para os não-japoneses. Há cursos mais variados de artes estéticas como ikebana e shodô, de harmonização e bem estar como yoga e tai-chi-chuan e artes marciais como judô, aikidô, karatedô, kendô, kung-fu e ninjutsu.
O Templo de Brasília, idealizado há mais de cinqüenta anos junto com a nova capital do país, construído e mantido pela comunidade budista japonesa e nipo-brasileira, caminha na direção do ideal concebido na época: ser de fato Honpa Hongwanji do Brasil, incorporando o próprio sonho do Juscelino.
CONFIRA MAIS FOTOS :
Nenhum comentário:
Postar um comentário