quarta-feira, 1 de junho de 2011

Brasil e Japão esperam avanços no processo de reforma da ONU



As informações são do site Terra Notícias e a da Agência EFE

    Os chanceleres do Brasil, Antonio Patriota, e do Japão, Takeaki Matsumoto, manifestaram na quinta-feira a confiança de que o processo de reforma da ONU possa avançar mediante uma proposta conjunta formulada com Índia e Alemanha. Esses quatro países, que integram o chamado G4, propõem aumentar o número de membros permanentes e não-permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas, embora sem precisar em quanto, explicou Patriota em entrevista coletiva junto a Matsumoto, que realizou nesta quinta uma visita oficial a Brasília.

    A proposta, cuja evolução foi discutida em reunião pelos dois ministros, já conta com o apoio verbal de mais de 100 dos 192 países-membros da ONU, disse Patriota. Em função desse apoio, Patriota e Matsumoto afirmaram que é possível pensar que, em um curto prazo, a proposta possa se transformar em "resolução" do Conselho de Segurança, a fim de que se comece então a discutir quantos novos assentos seriam abertos, tanto para membros permanentes quanto para rotativos. "Há movimentos claros em favor de uma reforma da ONU", disse Matsumoto, que chegou a Brasília procedente de Assunção, onde na quarta-feira participou como convidado da Cúpula do Mercosul.


Sede da ONU

     O chanceler japonês reiterou o interesse de seu país em iniciar um processo de diálogo com o Mercosul para um possível acordo de comércio e explicou que o Japão está convencido que o bloco será fundamental para ajudar no processo de recuperação da economia do Japão, prejudicada pelo terremoto que atingiu o país em março passado. Matsumoto também destacou o potencial agrícola dos países-membros do Mercosul e disse que um possível acordo com o bloco deveria incluir assuntos de investimento mútuo e cooperação na área tecnológica, na qual o Japão é referência mundial.

     Além disso, o chanceler japonês sustentou que o processo de recuperação da economia japonesa "segue muito mais rápido do que muitos esperavam" e ressaltou que o Governo de Tóquio está decidido a "transformar a crise" provocada pelo desastre "em oportunidades".

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