Depois do acidente na usina nuclear de Fukushima, o país não consegue produzir toda a energia que consome.
Com informações do portal G1 (Bom dia Brasil)
No Japão, o verão vai ser bem diferente este ano. Os japoneses estão mudando de roupa e de hábitos. Tiraram o terno, apagaram as luzes e desligaram o ar-condicionado.
Terno escuro, sóbrio: é o uniforme nacional dos japoneses para trabalhar, mas há outro para economizar energia na prefeitura de Chigasaki, nos arredores de Tóquio. Os funcionários foram autorizados a usar camisas havaianas porque o ar condicionado foi desligado. Também tem menos luz. Várias lâmpadas foram retiradas.
Um funcionário explica que o objetivo é economizar 15% de energia. Por isso, ninguém estranha a nova moda na repartição. Os capacetes sobre as mesas são por segurança contra terremotos e um lembrete dos motivos da economia.
Depois do acidente na usina nuclear de Fukushima, o Japão não consegue produzir toda a energia que consome. O governo quer aumentar a energia renovável e estuda um plano obrigar todos os prédios e casas construídos daqui para frente a seguir o exemplo de uma rua, que instalou painéis solares.
Ninguém precisa usar uma roupa extravagante, basta tirar a gravata e o casaco do terno para participar da campanha. Para quem ainda estiver sentindo calor, as lojas estão cheias de produtos que prometem refrescar o corpo, como camisetas e meias, que vêm com uma função, muito importante para quem vai passar o verão sem ar condicionado: ajudam a combater o mau cheiro.
É a nanotecnologia, que lida com partículas tão pequenas que não aparecem em um microscópio, e transforma os tecidos em filtros que absorvem o suor e eliminam os odores indesejáveis. Só uma loja tem mais de 40 produtos, como gel que refresca a pele e travesseiro refrigerado.
Os japoneses ainda têm que fazer mais exercício: escadas rolantes foram desligadas. Os painéis eletrônicos ainda acesos informam o nível de consumo: estava em 73% da energia disponível. Sinal de que os japoneses levam a sério a campanha, que está deixando o país mais escuro, quente, mas também mais colorido.
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