O governo do Japão anunciou hoje (24) que estuda a criação de um fundo para financiar o controle de radiação nuclear no país. O objetivo é que o fundo reúna cerca de 100 mil milhões de ienes (873 milhões de euros). O plano conta com a parceria das prefeituras da região de Fukushima. A ideia é monitorar aproximadamente 2 milhões de pessoas que vivem na área por cerca de 30 anos por meio de exames de saúde regulares.
A expectativa do governo japonês é definir as regras do plano até a próxima semana para apresentá-lo ao Parlamento em meados de julho. O anúncio coincide com as recomendações publicadas hoje por um grupo de médicos e investigadores japoneses sobre o elevado grau de exposição a que estão sujeitos os habitantes daquela província.
Os acidentes nucleares registrados no Japão após o terremoto seguido por tsunami, em 11 de março, geraram várias mudanças na política interna relativa ao tema. Inicialmente as autoridades tentaram evitar o pânico. Depois, populações inteiras foram retiradas das cidades vizinhas à Usina Nuclear de Fukushima Daiichi, no Nordeste do país.
Ainda há famílias que moram em abrigos, aguardando a concessão de autorização para retornarem às suas casas nas cidades que foram esvaziadas. A orientação do governo foi para suspender o consumo de água e alimentos produzidos na região de Fukushima. Técnicos constataram níveis de radiação no ar, na água e nas plantas da área.
Os vazamentos e explosões em Fukushima foram motivados por falhas nos reatores, causadas pelo terremoto seguido por tsunami. Os especialistas japoneses estimam que apenas em janeiro de 2012 será possível consertar de forma plena os estragos na usina desde os acidentes radioativos.
Da Agência Brasil.
Redação do Diario de Pernambuco
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