Roberto Kovalick |
O Japão foi devastado por um terremoto e um tsunami há um mês e meio atrás. A recuperação do país acontece em um ritmo impressionante.
do Portal G1,
Jornal Nacional
Um mês e meio depois que um terremoto e um tsunami devastaram o nordeste do Japão, a recuperação dessa parte do país prossegue num ritmo impressionante. É o que mostra o correspondente Roberto Kovalick. O trem bala funcionando é um símbolo de que o Japão está voltando aos trilhos. O serviço foi retomado para todo o norte do país, mas a velocidade ainda não é a mesma. Por segurança, o trem está andando mais devagar nos trechos atingidos pelo terremoto.
Jornalista Ana Paula Araújo, Matéria Foi Exibida Ontem no JN |
As autoridades dizem que a viagem é segura, apesar do trem passar perto de Fukishima. Para testar se isso é verdade, nós trouxemos um contador Geiger. O nível de radiação só se torna perigoso quando o número no mostrador passa de 300. Por enquanto, está em dez. Significa que está tudo bem.
A estação de Fukushima fica a 60 quilômetros da usina atômica danificada. Chegamos a Sendai, a maior cidade atingida pelo terremoto e pelo tsunami. A moradora está feliz com a volta do trem, mas diz que não é preciso ter pressa para não comprometer a segurança.
Nosso destino é o aeroporto, que foi atingido em cheio pela onda gigante e se tornou um monte de destroços. Logo que a gente chega, percebe a diferença. Aquela sujeira toda desapareceu. Não sobrou um pedaço de papel no chão. Um mês e meio depois, a aparência do aeroporto é outra: nem parece que um tsunami passou por aqui.
Mensagem deixada por algum brasileiro |
Lá dentro, a decoração é feita de flores e mensagens deixadas pelos passageiros. Uma delas, a gente compreende bem. Nem todos os serviços estão funcionando normalmente. O painel com os voos agora é trocado a mão, mas no país com os aeroportos mais pontuais do planeta, uma coisa não muda: o voo segue chegando no horário.
Famílias separadas ainda se encontram |
Famílias separadas desde o terremoto voltam a se reunir. "Perdi minha casa", conta o japonês, "mas hoje estou feliz porque pude rever os parentes, que moram longe". Perto dali, as casas para os que perderam tudo como ele já estão ficando prontas.Mais de 130 mil pessoas ainda estão em abrigos em todo o país, já que bairros inteiros foram varridos do mapa.
Filas de carros destruídos, pilhas enormes de escombros mostram que as marcas das tragédias ainda vão demorar para sumir totalmente da paisagem.
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