Portal xintoísta marca entrada em lugar considerado sagrado
Um dos torii do santuário xintoísta Kasuga Taisha, na província de Nara |
Fonte: Made In Japan
O torii é um dos elementos mais reconhecidos quando se fala em Japão. É uma construção típica do xintoísmo, a religião nativa do país, e representa a entrada em território considerado sagrado. Quando feito de madeira, o torii geralmente é pintado de vermelho – segundo a tradição japonesa, tal cor tem o poder de espantar doenças. Existem torii feitos de pedra, bronze e outros materiais também.
Torii no bairro da Liberdade, em São Paulo |
A partir do período Nara (710-794), o budismo ganhou força no Japão, o que teve como consequência a construção de alguns dos maiores templos do país. Ao mesmo tempo, o xintoísmo também evoluiu seus rituais e arquitetura própria.
Exceto em breves períodos de conflito, as duas religiões coexistiram harmoniosamente. Santuários xintoístas eram construídos dentro da área de templos budistas para abrigar a divindade que protege o local. Um grande exemplo desse sincretismo é o Kane no Torii, localizado próximo da entrada do templo Kinpusenji, na província de Nara. Ele foi feito do bronze que sobrou da confecção da grande estátua do Buda do Todaiji e tem em sua base a flor de lótus, um dos símbolos do budismo.
Em alguns santuários, há grande quantidade de torii enfileirados, podendo chegar a milhares, formando praticamente um longo túnel. Esses torii, geralmente menores (aproximadamente dois metros de altura), são doados por devotos em agradecimento por saúde, prosperidade nos negócios e outros motivos.
O torii também é utilizado como ícone em mapas, indicando onde há santuários xintoístas.
O torii de Omiya Jinjya, na cidade de Sakurai, tem 32 metros de altura |
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