Milhares foram às ruas na capital do Japão pedindo mudanças. País ainda vive crise nuclear após tremor e tsunami que danificaram usina.
Manifestante protesta contra o uso de energia nuclear em Tóquio neste sábado (7) (Foto: Reuters) |
Do G1, com agências internacionais
Japoneses vão às ruas contra a energia nuclear neste sábado (7) em Tóquio (Foto: AP) |
Milhares de pessoas participaram neste sábado (7) de uma manifestação no centro de Tóquio contra o uso de energia nuclear no Japão, quase dois meses depois do terremoto de magnitude 9 seguido de tsunami que causou destruição no país e iniciou uma crise na usina nuclear de Fukushima Daiichi, ainda não resolvida.
Com música e cartazes, os japoneses pediram mudanças na política nuclear do país. Os participantes desfilaram sob a chuva pelo centro do distrito comercial de Shibuya. Neste sábado (7) em Tóquio (Foto: AP)A manifestação, que foi transmitida pelos organizadores por meio da internet, ocorreu um dia depois que o primeiro-ministro do Japão, Naoto Kan, pedisse a paralisação da usina nuclear de Hamaoka, em uma área com risco elevado de terremoto.
A empresa que opera a planta, Chubu Electric Power, respondeu que pretende paralisar Hamaoka. Neste sábado, no entanto, os diretores da usina não haviam chegado a nenhuma conclusão concreta sobre o fechamento.
Em 10 de abril, 2,5 mil pessoas reuniram-se em Minato para pedir a Chubu Electric Power que paralisasse Hamaoka, situada a 200 quilômetros ao sul de Tóquio. Desde que começou a crise nuclear na planta de Fukushima Daiichi por causa do terremoto e do devastador tsunami, várias manifestações foram organizadas no Japão para pedir uma mudança na política atômica do país.
O Japão está com dificuldades de controlar a situação na usina. Os reatores dessa central ficaram sem sistema de refrigeração na tragédia de 11 de março, que pelos últimos dados deixaram 24.837 mortos e desaparecidos. A Tokyo Electric Power, empresa que opera a central de Fukushima, afirmou que pretende alcançar uma refrigeração estável no prazo entre seis e nove meses.
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