Bandeira do Centenário da Imigração Japonesa no Brasil |
Professores da UnB que estudaram no país falam de suas experiências como bolsistas e de seu contato com a cultura japonesa
Francisco Brasileiro - Da Secretaria de Comunicação da UnB (UnB Agência)
O governo japonês abriu inscrições para bolsas de graduação, pós-graduação e ensino técnico em qualquer área. São auxílios que variam entre R$ 2.503 e R$ 3.052, pagos em ienes, além de passagens de ida e volta para o país e isenção de taxas acadêmicas. As oportunidades serão apresentadas por representantes da Embaixada nesta quarta-feira, 11 de maio, às 10 horas, no Auditório da Reitoria.
Para concorrer a bolsas de pós-graduação é necessário procurar a Embaixada até o dia 31 de maio. Para graduação, ensino técnico e cursos profissionalizantes o período de inscrição será entre os dias 1 e 30 de junho. Para os cursos de Treinamento de Professores e de Cultura e Línguas Japonesas as datas serão fixadas entre janeiro e fevereiro de 2012.
O processo de seleção inclui prova escrita e entrevista. Não é exigido o domínio da língua inglesa em todas as categorias, com exceção de Cultura Japonesa. Quem não dominar o japonês contará com um curso específico com duração de seis meses a um ano.
“É uma ótima oportunidade, os valores pagos são o suficiente para que o estudante possa se sustentar no Japão sem precisar fazer bicos”, afirma a assessora Cultural da Embaixada do Japão, Marta Yada. “Assim eles podem focar nos estudos sem outras preocupações”. Segundo ela, o governo japonês busca pessoas interessadas em realizar um intercâmbio cultural, além da formação acadêmica propriamente dita. “Buscamos pessoas que querem conhecer a cultura do Japão, bem como mostrar um pouco da cultura do Brasil”.
O professor do curso de Engenharia Florestal da UnB, Alexandre Florian, esteve na Universidade de Kioto pelo programa de bolsas do governo ainda na década de 80. “Conclui o meu mestrado lá”, afirma. “Trabalhei em pesquisas para desenvolver produtos químicos que retardam o apodrecimento da madeira”. Segundo o professor, os ganhos para o estudante vão além da área acadêmica. “O que mais me marcou foi a cultura deles, mais comprometida com o coletivo”, afirma.
O professor cita o trabalho de equipe dos japoneses após o terremoto que assolou o país em março. “Não houve saques nem tumulto. Eles se preocupavam em ajudar uns aos outros”, afirma. “Desde criança, o foco das atividades é o bem estar do grupo”, complementa Ronan Alves, pesquisador da Área de Japonês do departamento de Letras Tradução (LET). Para ele, além da excelência do Japão em vários campos o país tem muito a ensinar aos brasileiros. “O brasileiro é muito relapso. Lá o compromisso com prazos e conclusão de projetos é levado muito mais a sério”.
Ronan Alves também foi bolsista no Japão e até hoje foca suas pesquisas na cultura e religiosidade do país, estudos iniciados no mestrado que fez na Universidade de Tóquio. O professor vai apresentar quarta-feira um pouco do que é a cultura japonesa. “Cada geração tem uma imagem diferente do que é o país”, afirma. “Vou desconstruir essas visões e mostrar como é a experiência de viver no país.”
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